A INOVAÇÃO

A inovação torna-se, cada vez mais, um fator significativo no momento de definir e delimitar os objetivos empresariais.

 

Hoje é consensual que a inovação é vital para apoiar e garantir o
avanço dos negócios das organizações, sejam elas de cariz público ou privado, com fins ou sem
fins lucrativos. É uma exigência fundamental e imprescindível para o sucesso e
sustentabilidade de todo os setores de atividade, sendo considerada, também, um fator
diferenciador para superar a concorrência. Esta perspetiva pressupõe que a mudança deve ser
encarada como uma oportunidade, obtendo as organizações vantagens competitivas ao
apresentarem novas soluções e acrescentando valor, garantindo, assim, a sua manutenção e
sustentabilidade. Essa sustentabilidade é assegurada pela capacidade dos verdadeiros
inovadores pensarem a longo prazo, projetando horizontes temporais alargados e serem
persistentes na forma como encaram cada oportunidade com que se deparam. Sendo um
processo complexo e cheio de desafios multifatoriais, a inovação é comumente aceite como
vital para o crescimento da economia, para a formação de novas indústrias e para o início de
novos desafios sociais. Um crescente entendimento destes fatores (ao nível das organizações,
regiões ou países) é o foco de muitas políticas de investigação e prática, assumindo um papel
muito relevante no que refere ao efeito de alavanca, pois promove a competitividade das
empresas, individualmente e, de forma agregada, contribuindo para o bom desempenho
económico de determinado país ou território.
A inovação está associada à atividade empreendedora, entendendo-se esta como toda a ação
humana empresarial em busca da criação de valor, através da criação ou expansão da
atividade económica pela identificação e exploração de novos produtos, processos ou
mercados. Neste sentido, o empreendedorismo é um fenómeno que se manifesta em toda a
economia de muitas formas diferentes, com diversos resultados distintos, nem sempre
relacionados com a criação de riqueza financeira. Na essência do empreendedorismo reside a
ideia de ação, o que remete para o plano comportamental, que por sua vez está relacionado
com atitudes, valores e traços psicológicos do empreendedor que influenciam a ação e
consequentemente os seus resultados ao nível individual, organizacional e social.
Pode-se afirmar, assim, que a inovação e o empreendedorismo cada vez mais assumem um
papel de destaque no desenvolvimento das regiões e comunidades. Setores tradicionais pouco
eficientes são abandonados e tendem a ser substituídos por outros que criam novas
oportunidades e aportam melhor qualidade de vida. Soluções são encontradas para problemas
económicos, sociais, ambientais e tecnológicos, reforçando o papel do indivíduo enquanto
cidadão ativo e capaz de responder de forma efetiva aos grandes desafios que são colocados
no século XXI. No seu todo, as iniciativas empreendedoras – novos negócios ou reorientação de
um negócio já existente – são o motor da economia de mercado na geração de riqueza. No
campo social, o empreendedorismo constitui também, entre outros, um meio ao serviço de
outros objetivos sociais tais como aumento de qualidade de vida da comunidade onde está
inserido, a geração de emprego, a inserção laboral de grupos desfavorecidos e a diversidade
de opções para os consumidores. Novas empresas e postos de trabalho são criados, maior
enfoque é dado à problemática do desenvolvimento sustentável e maiores correlações
positivas entre o espírito empreendedor e os resultados fortes de valor acrescentado são
encontradas.
Contudo, num contexto de uma economia fraca e com altas taxas de desemprego, com baixas
taxas de sobrevivência das novas empresas, é fundamental a criação de mecanismos de apoio
aos empreendedores capazes de nutrir e de desenvolver de uma forma sustentada os seus
negócios. Surgem assim as incubadoras de empresas como estruturas que oferecem aos seus
incubados um vasto conjunto de serviços e recursos que abrangem pelo menos as seguintes
dimensões: infraestruturas, serviços de apoio ao negócio e networking. De um modo geral, as
incubadoras de empresas são estruturas, já com provas dadas, que apoiam empresas nas
primeiras etapas da sua vida, desempenhando, por isso, um papel fundamental enquanto
agente impulsionador da economia.
Contudo, numa tentativa de corresponder às expectativas dos empreendedores, novas
gerações de incubadoras emergem, e novos serviços, com o intuito de acrescentar valor às
empresas incubadas, começam a fazer parte do portfólio das incubadoras. Hoje verifica-se um
maior foco em serviços mais intangíveis e de elevado valor, com mudanças de paradigma
significativas. Sendo o Vilawork Barcelos Business Center um centro de negócios e incubadora
do concelho de Barcelos, o seu papel enquanto agente de mudança estará, certamente, na
criação de um ambiente favorável à inovação e à criação de empresas sustentáveis. A
facilidade de ligação do Vilawork às Intuições de Ensino e ao Mercado potenciarão, com toda a
certeza, o empreendedorismo e agilizarão a valorizar o tecido socioeconómico da região.

Teresa Dieguez

08-02-2020