Parar de Pensar… Neurociência e o Neuromarketing

 

“não ser capaz de parar de pensar é um padecimento terrível, porém não nos apercebemos deste facto porque quase toda a gente sofre dessa mesma maleita, sendo que por isso é considerado normal.” (Rocha, Luís Miguel, post in Facebook at 13 de Junho de 2011)

 

Aceitando o convite, para escrever o primeiro texto desta plataforma social que agora se abre ao Mundo, porque não, abordar uma temática atual que nos convida a refletir sobre as diferenças de pensamento do homem e da mulher?
Temática há muitos anos abordada, refletida e discutida em seminários, formações (de igualdade do género) ou numa simples conversa entre homens e mulheres!
Fruto da minha educação, doravante, mulheres e homens! Uma questão de respeito, visto ser do tempo, que se abria a porta do carro ou se puxava a cadeira (do café ou restaurante) para esta entrar ou se sentar. Deste modo, poderão perguntar e o que esta temática tem a ver com Neurociência ou Neuromarketing, eu respondo, tudo.
Explicando conceitos, a Neurociência, define-se como o estudo e conhecimento de nosso cérebro e do sistema nervoso em geral. Este estudo que a neurociência realiza sobre o comportamento do sistema nervoso permitiu a antecipação de condutas e compreender o complexo funcionamento de nosso cérebro. Sabe-se que tanto as emoções como os mecanismos inconscientes são produzidos no nosso cérebro, por exemplo, apresentam um papel essencial na tomada de decisões e nada melhor que o neuromarketing para resolver essa questão. Por sua vez o Neuromarketing está baseado em certas medições físicas e mentais realizadas pela neurociência em diversos indivíduos. A partir disso, são estabelecidas conclusões determinantes sobre o comportamento das pessoas na hora de comprar ou manifestar interesse por determinado tipo de produto ou situação.
Desta forma os mais recentes estudos da Neurociência revelam que o cérebro da mulher, funciona de forma diferente do cérebro do homem. Explicando o da Mulher funciona na horizontal e o do homem na vertical, até este ponto, nada de novo, desenvolvendo, se pensarmos numa linha traçada na nossa testa, esse rico na mulher é horizontal, no homem é vertical, apenas este fator revela que a mulher pensa em mais de uma “coisa” ao mesmo tempo, já o homem devido a essa linha vertical, o estudo revela que o homem pensa num assunto ou situação de cada vez. Comprovemos com um exemplo prático, está provado cientificamente, que as mulheres têm mais acidentes que os homens, mas por outro lado os homens têm acidentes mais graves do que as mulheres. Apenas este estudo, revela estas duas “linhas” (Horizontal e vertical), visto que,  se as mulheres pensam em várias coisas ao mesmo tempo, tem apenas pequenos toques (acidentes), porque, estão a pensar que tem que ir buscar os meninos à escola, levar a mais velha ao Ballet o mais novo ao Judo, nesse entretanto, vai às compras, mas neste entretanto já pensou no que vai fazer para o jantar, e neste momento, lá se foi o pilar do parque! Por outro lado, o homem, que faz ou pensa numa coisa de cada vez, quando está ao volante, está a conduzir, está no domínio da máquina, logo é homem, “um homem uma missão” vou fazer Porto, Lisboa em duas horas e quando dá conta, vai o rail, vai a estrada e o carro vai tudo, para sorte sai ileso! Mas há uma forma mais simples de comprovar estes estudos da neurociência, homens, nunca discutam com uma mulher, pensem sempre que os cérebros são diferentes. E é então que surge o momento, em que o homem conseguiu sair mais cedo do trabalho e decide fazer uma surpresa para a sua mulher, os meninos ficaram nos avós (tudo tratado pela mulher, apenas comunicado ao homem, com sérios riscos de esquecimento) e é então que este decide fazer o jantar, portanto como o homem só faz uma “coisa” de cada vez, eis que está para cozinhar, não está para lavar a louça, ou seja, primeiro cozinha, depois janta e só depois lava a louça, é esta a lista que está definida na cabeça do homem. Portanto o homem está na sua missão de fazer um jantar surpresa para a sua mulher e vai acumulando louça na banca, põe a mesa, acende a vela e eis que a mulher chega, e logo ao entrar da porta, em vez de repara na surpresa, repara no amontoado de louça que há para lavar, isto porquê, não é por mal, mas sim, porque pensa em várias coisas ao mesmo e tempo e sabe que no fim de jantar alguém tem de lavar a louça, visto que a mulher está um pouco à frente nas situações. O Homem por sua vez, preparou a surpresa com tanto carinho e não entende. É aqui que se desencadeiam os conflitos. Penso que depois cada um pode continuar a sua própria história!
E agora? O que é que tudo isto tem a ver com Marketing ou com Neuromarketing? Tudo. É aqui que as marcas percebem que, existem campanhas a ser desenvolvidas para mulheres e outro tipo de ações a ser desenvolvidas para os homens. Exemplo disto mesmo a indústria farmacêutica, por exemplo a primeira marca a aperceber-se desta diferença foi a Centrum, criando duas gamas, Homem e Mulher. Os bancos por sua vez, hoje em dia também o começam a fazer, porquê, porque se aperceberam, que ao questionarem as mulheres para assuntos financeiros, estas respondiam sempre, não sei nada disso, ou por outro lado, isso é com o meu homem, desta forma hoje em dia, utiliza-se uma linguagem diferente para homens e para mulheres, dependendo dos produtos, por exemplo, caixa women. Pode-se dizer, ai que sexismo! São apenas realidades comprovadas cientificamente, quantas lojas existem de lingerie, são direcionadas para mulheres, não para homens, e não é que os homens também gostam de olhar para essas montras! São outras questões.
Para concluir, é difícil deixar de pensar, embora seja mais fácil para o homem que para a mulher, mas todos nós pensamos muito, cada um com a sua “maleita”, os comportamentos são gerados por pensamentos, os comportamentos revelam atitudes, a atitude movimento ou direção. O apelo a Mulheres e Homens é o de cada um com as suas diferenças, cheguem onde desejam, quer pensem muito quer pensem pouco.

Nuno Rocha

11-11-2018