RESILIÊNCIA

É com enorme prazer que escrevo este artigo de opinião para uma casa com a qual tenho a mais sincera estima.

Já conheço o Vilawork há cerca de 3 anos, tendo tido a oportunidade de estagiar no âmbito da minha licenciatura em Gestão de Atividades Turísticas e tenho uma real noção do quanto as pessoas saem potenciadas depois de experienciarem o ambiente deste centro de negócios.
Cedo me identifiquei com o espírito de comunidade presente neste centro, de ambicionar ser melhor a cada dia e de cultivar a arte de bem servir os nossos clientes.
A resiliência é antes de tudo algo que não nasce com as pessoas, mas sim algo que é criado mediante o número e o tipo de experiências vivenciadas por cada pessoa, a intensidade da sua força de vontade e o nível da sua ambição.
Em linhas gerais, a capacidade de um indivíduo lidar com problemas, se adaptar às mudanças, superar obstáculos e resistir à pressão em situações adversas. Podemos, portanto, supor que se trata de um “músculo na nossa mente” que para estar apto a lidar com o desconhecido, deve ser treinado constantemente.
É encontrar soluções estratégicas para enfrentar e superar as adversidades, criando uma base sólida nesse “músculo mental” que nos permita ver a dor como parte da trajetória da vida, o erro como uma oportunidade de aprendizagem e de fazer melhor na próxima tentativa, substituindo as emoções negativas por um investimento contínuo de esperança (otimismo).
Sejamos francos, todo o ser humano já sabe o que é passar por situações de inevitável dor ou sofrimento. Não existe ainda um aparelho que permita comparar se a dor de “A” é mais intensa que a dor de “B”, pois o que faz na verdade toda a diferença é a forma como analisamos o acontecimento e a decisão que tomamos e, cada caso, é um caso diferente com provavelmente intervenientes também eles diferentes.
Temos, no poder da nossa mente (desconhecida pela maioria) a capacidade de alterar o significado de determinado acontecimento, se retirarmos o que de positivo dele podemos aprender.
É sermos flexíveis ao ponto de olhar para o passado unicamente para identificar causas de determinados erros, para no presente desenvolvermos soluções estratégicas para alavancar o futuro que ambicionamos, assumindo o papel de “capitães dos nossos próprios navios”, algo que aprendi absorvendo conteúdo de Jorge Coutinho.
É sermos humildes o suficiente para na falta de conhecimento, solicitarmos ajuda a quem já possui um desenvolvimento pessoal superior, abrindo a mente para absorver novos conteúdos, porque tal como Wendell Carvalho costuma dizer, “ninguém nos pode impedir de aprender mais.”
Gosto de pensar que a Resiliência é uma espécie de escudo que ganhamos ao longo do nosso percurso pessoal e profissional, que começa por ser vulnerável, facilmente quebrável, mas se persistirmos e nunca desistirmos, podemos tornar esse escudo mais resistente e forte.
A resiliência pode até danificar-se, mas se formos hábeis para o consertar (com as nossas próprias ferramentas ou pedindo ajuda de quem já possui uma armadura mais sólida), ganharemos estofo para construir também nós um escudo resistente e duradouro que nos proteja durante o caminho.
Portanto se se quer proteger, não se esconda. Cultive a resiliência, alimente-a sempre que possível e sem dar por ela, a transformação ocorre.
A situação da pandemia da Covid-19 é e será durante algum tempo um teste à nossa resiliência, mas agindo corretamente podemos sair mais fortes dela.
Termino citando uma frase do ilustre Jim Rohn, “Não deseje que fosse mais fácil, deseje que você seja melhor. Não deseje menos problemas, deseje mais habilidades. Não deseje um desafio menor, deseje mais sabedoria.”

Júlio Lourenço

21-04-2020